terça-feira, 13 de maio de 2008

Vontade



O tema tem sido recorrente para mim. Mas constatei algo novo: eu preciso “estar amando” para me sentir feliz. Não é apenas uma questão de amar o amor, como já falei ao comentar sobre “O amor Líquido”, mas de precisar senti-lo. Tenho cantado freqüentemente aquela canção de Cássia Eller: “Socorro, não estou sentindo nada... Nem medo, nem calor, nem fogo. Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir...”. Isso é péssimo. Só me inspiro para a vida quando estou naquela situação constrangedora de ruborizar a face ao ouvir a voz da pessoa amada... Nessas ocasiões trabalho melhor, sinto que me organizo com mais facilidade e tenho muito mais fé na vida. Duro mesmo é estar como estou hoje. De coração mole, mas solitário. Em fases como esta faço algo horrível e só racionalizado agora: invento amores. E faço de tudo para acreditar neles. Para sentir o tal amor... Então, sou capaz de enviar mensagens apaixonadas, de me declarar para pessoas vis... Mas, ó, não é nada com elas. É comigo. É só um jeito de apaziguar meu coração, de enganar minha saudade... Saudade de amar de verdade.
Sim. Pode dizer. Isso é ridículo. Mas, fazer o quê? Foi o jeito que encontrei para continuar inspirada, mesmo sem ter um objeto inspirador a mexer comigo...

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