segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Com que roupa ela virá?


Já tinha me esquecido do quanto o processo é desencadeado rápida e completamente. São sensações químicas logo reconhecidas pela mente e transformadas em sentimento incômodo. Uma crise de bobeira nos invade. Cometemos enganos. Ficamos destemperados. Quase nada nos preenche. O pensamento central é nítido: vontade de repetir o processo. Um cheiro profundo. Arrepios cintilantes. E um quase desmaio. Olhos cerrados e já era. Agora é a força do ímã. A doçura do toque. Um gosto quente de amor. Mais um estado de paixão. Mais do mesmo. Depois, ligações durante a madrugada. Horas de fuga para encontros inebriados... Convites fortuitos. Mensagens etílicas. E, finalmente, a dúvida fatal: quando ela virá? Com que roupa ela virá? Em que forma ela virá? A morte...

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