segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Leve?


Para variar, pensei em escrever algo leve. Algo que pudesse melhorar o seu humor hoje. Uma crônica do cotidiano... O problema é que meu cotidiano não tem sido tão leve assim. E para dizer a verdade já estou acostumada com essa vida hard! Mas você não tem nada a ver com isso, não é?Então, vamos, sim, falar de algo leve. Que tal as borboletas que têm enfeitado a blusa de muita moçoila por aí? Estampas enormes e psicodélicas invadem o guarda-roupa feminino e a maioria das mulheres cede ao modismo. Que horror! E onde é que fica a individualidade? A grande sacada das roupas não é justamente a possibilidade de falar um pouco sobre nós? Expressar nossas crenças, nossos conceitos, nosso estado de humor? Tudo bem que a borboleta simboliza transformação e, dizem, sorte. Mas precisa sair por aí borboleteando o mesmo modelito?Leveza IITem gente que diz fugir da dureza do cotidiano com um bom desenho animado. Ou uma comédia romântica. Ok. Sou favorável. Mas “pelamordedeus” precisa contar detalhes do filminho para o colega e martelar a velha frase “morri de rir”? Não adianta. Por mais que você queira dividir esse sentimento, ninguém vai “morrer de rir” só porque você resolveu reproduzir a historinha. Faz o seguinte: pega todo o sentimento bom que o desenho ou filme lhe transmitiu e guarda. Isso é seu! O eu profundoExistem milhões de novos autores com excelentes publicações. Das crônicas aos romances de época. E por incrível que pareça ainda tem uns e outros que ao serem indagados sobre o livro de cabeceira respondem em alto e bom tom: Fernando Pessoa! Incrível. Se todos que dizem conhecer o poeta português soubessem ao menos o nome de um de seus heterônimos, algo além da popular frase “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”!, acredite, viver seria um pouco melhor. Para quem gosta de fazer essas gracinhas (citar quem não conhece), sugiro, ao menos, a leitura de O eu profundo e os outros eus (tem até no www.dominiopublico.gov.br). SonharConfesso que tenho me apegado aos sonhos. Não aos sonhos que me tomam acordada, em plena luz do dia. Mas aos que nos últimos dias têm me levado através, após longas noites de insônia. Ontem, por exemplo, sonhei com árvores frondosas, de folhagens perfumadas. Elas enfeitavam o quintal de minha casa. Era uma pequena chácara, na verdade. E alguns troncos compunham a decoração interna da casa – que não era amarela, mas branca. Confesso que tive medo de encontrar esse lugar de verdade, durante minhas andanças atrás de uma casa legal (para, de novo, me mudar). Um medo besta - desses que passam por minha cabeça com certa freqüência. Outro medo que me acometeu hoje, após uma sessãozinha saudosista de fotos, foi de sentir o que já senti pela mesma pessoa. Entende? Bom, motivada significativamente pela minha memória bondosa, que só se recorda do lado positivo das pessoas, tive um minuto de cegueira e pensei em quem já não merece meu pensar. Mas passou. Foi um minuto de bobeira. E os medos são mesmo assim, não é? Passageiros. Às vezes motivadores, é verdade. Mas particularmente costumo ter medo apenas daquilo que sei que irá me prejudicar, de um jeito ou de outro.

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