segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Mulher faz marido refém de seu TOC



Para muitos, ela é apenas a repórter da rua, no melhor estilo das personagens de “O veneno da madrugada”. Mas dona Ainota tem segredos que, pouco a pouco, são revelados. Sabe-se, por exemplo, que ela e seu marido dividem a sala com baratas e ratazanas. Por conta disso, seu Teobaldo esteve doente e foi mantido escondido em casa. Dizem que ela não permite que ninguém entre lá. Nem mesmo o médico. Podem descobrir seu tesouro. “Foram anos para acumular tanta riqueza. Não posso deixar que levem tudo agora”. A Vigilância Sanitária já esteve em sua casa algumas vezes. “Mas só entram aqui com mandato do juiz”. Uma filha separada e um neto adolescente vivem no mesmo ambiente de risco. E são submetidos às regras da casa: não receber ninguém e sair o menos possível para não comentar sobre os hábitos de Ainota. Dizem que em razão da miséria vivenciada na infância, Ainota desenvolveu um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) por acumular objetos. Em seu caso, lixo. Latas, garrafas, papelão e embalagens plásticas. Ela alega que a prática é seu meio de vida. Mas a verdade é que ela vende muito pouco do tanto que acumula. Não consegue se livrar dos objetos. Para se sentir melhor, precisa manter a casa abarrotada de lixo. O problema é que o material reciclável e reaproveitável mantido dentro de sua casa já tomou conta de toda a estrutura. Tampou até a fachada. O cheiro já incomoda a vizinhança.Uma denúncia de um familiar relata que por conta de tanta tralha, o casal não ocupa mais o banheiro. O banho é tomado no fundo do quintal, de canequinha.Agora, a equipe de Saúde Mental do município entrará em ação. O caso ocorre num conhecido bairro da cidade do sanduíche. A mulher tem pouco mais de 60 anos e uma memória de causar inveja.

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