segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sobre ser e estar


Indagam se estamos bem, como se fosse naturalmente fácil responder de prontidão. As vezes até é. Mas em geral precisamos olhar no ‘fundo do centro’ de nossa alma para entender o que está se passando naquele exato momento. As condições que envolvem humor e estado d’alma são extremamente subjetivas e variáveis. Da mesma maneira se comporta a moda. Basta um acessório a mais ou fora do lugar para a beleza se tornar brega. Basta uma ousadia acertada para que o brega seja chique. Não há regras muito definidas. Vale o bom senso. Por isso, ao ser questionada se fulano está bonito e elegante é difícil responder de pronto: está chiquérrimo ou está brega! Antes, é preciso analisar o visual. Entender o contexto... Observar os acessórios e, às vezes, até compreender a razão antropológica de fulano se vestir daquele modo e não de outro. Ainda mais considerando o turbilhão que se tornou o Brasil... É quase impossível categorizar quem foge dos padrões pré-estabelecidos... Hoje, a moda permite quase tudo, desde que a roupa fale de você, converse com você e te receba bem... Ou seja, se combinar com o seu jeito de ser e ver o mundo está tudo certo. Todas as cores estão liberadas, a mistura delas também. Listrado e bolinha pode. Xadrez e listrado também. Baixinhas podem usar longo, sim. Só não vale deixar a roupa aparecer mais do que você e sua personalidade. É proibido ficar calado dentro de uma roupa linda! É preciso usá-la como mais um modo de expressão. E se as roupas forem encaradas assim, com desprendimento, bom-humor e bom-senso, será cada vez mais difícil dizer o que, afinal, é brega. A não ser nos casos de fórceps!

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