segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


Hoje tive vontade de falar de amor. Do amor que pulsa quando simplesmente ouvimos a voz de quem nos traz conforto. Da pessoa amiga. Daquela pessoa para quem ligaríamos se ganhassemos na mega-sena ou se tivessemos uma grande decepção. Aquela capaz até de nos carregar bêbados, se necessário... Literalmente aquela pessoa com quem gostaríamos de estar na alegria ou na tristeza...
Mas por que será que nos demoramos tanto a perceber isso? Por que será?
É preciso sangrar primeiro. É preciso afogar mágoas. Ou engolir choro. É preciso trair, às vezes. Cair, às vezes. É preciso nos sentir completamente sós, mesmo tendo “mil pessoas ao lado”.
Para sentir de novo o amor, temos de perceber que não é de um “príncipe encantado” que precisamos... Eu, pelo menos, penso cada vez mais numa pessoa comum. Alguém sem amarras, sem empáfia, sem respostas prontas.
Importante é perceber que esta pessoa pode estar o tempo todo ao seu lado. Pode ser o moço do café. Ou o cara sentado à mesa de bar. Pode ser o vendedor de livros. Ou o malabarista do circo... Sabe aquele domingo à tarde, de preguiça anunciada e sol escaldante? Pois é, provavelmente seu grande amor seja exatamente o dono daquela mensagem banal, comum, que chegou para você. Mas você estava tão ocupado tentando materializar a pessoa ideal que não teve tempo de reparar...
Ótima semana!

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