quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sobre garçons, flores, vacas e títulos




Ai que bom que eu criei este espaço. Aqui, afinal, posso publicar as tais anotações feitas originalmente em papel de pão ou em guardanapo de boteco. Se bem que nos últimos anos em vez de escrever nos guardanapos eu faço dobradora em formato de flor. Não me pergunte o porquê. Sei lá. É mania. Quando percebo já estou girando entre os dedos o “caule” daquela florzinha branca... Mas, enfim. Ainda me restaram umas anotaçõezinhas para compartilhar aqui.

Por exemplo, outro dia, num bar mesmo, encanei com o garçom. Na verdade, não com o garçom, mas com garçons. É incrível, mas comigo sempre acontece. Eu aceno e nada. Dou tchauzinho. Aceno mais bruscamente com a mão reta. Nada. Digo um “por favor!”. Não me ouve. Enquanto isso, os garçons vão passando nas outras mesas e anotando os pedidos. Resultado: o meu pedido demora mais de meia hora só para ser registrado. Imagine a proporção da minha raiva. Mas já testei até. Já fui com roupas mais chamativas. Tentei de tudo. Um decote mais ousado. Uma cor mais forte. Um salto barulhento. Mas isso só confirma minha teoria de que sou daqueles seres sociais invisíveis. Como são os engraxates. Os vassourinhas. Os guardadores de carro. Os faxineiros. A diferença é que eu não uso uniforme... E dizem os cientistas que a invisibilidade vem justamente do uniforme. Vai saber, né...

Como o suco que peço sempre demora muito a chegar, dia desses estava pensando... Como seria bom se existisse uma vaca que produzisse suco de laranja. Imagine. Você sai no quintal, dá aquela espreguiçada e se dirige até a vaquinha para fazer a ordenha do suco, que sai fresquinho, espumado e super saboroso. É claro que para diferenciar das outras essa vaca deveria ser de cor laranja. Se fosse champanhe então, como da vaca da foto (crédito: © Al Hayball 2009), tanto melhor! Ai ai... acho que até sonhei com isso!

Bom, agora que já falei bastante besteira, vou estudar. Quem sabe um dia desses descolo um título... Desses que fazem algumas pessoas terem orgulho de se dizer “mestre” ou “doutor”. Embora de verdade, de verdade, eu queira apenas ser especialista em resiliência, mestre em felicidade e doutora em compaixão. Tá registrado!

2 comentários:

Anônimo disse...

Ai, Nane... Cada ideia!!!

ESA disse...

ah... a ideia é essa, né! continue passando por aqui e obrigada pela visita!