terça-feira, 24 de novembro de 2009

Suspeito...

Suspeito (só suspeito) que não valorizamos devidamente as pessoas que estão ao nosso alcance. Explico: depois de um “oi bem dado”, um abraço apertado e um sincero “como vai?”, costumamos colocar no samba da nossa rotina ‘seja lá quem for’ e independentemente ‘da importância que atribuímos a esse alguém’. Isso não é nada bom.
Procura observar.
A gente passa meses falando com alguém por MSN, tentando expressar a saudade latente, o carinho acumulado. Aí, não mais que de repente, temos a chance diária de conviver com a criatura e pronto: a encostamos. De um dia para o outro, passada a recepção mais calorosa, logo achamos que o ente querido é mais um móvel que precisamos cuidar, mas não a ponto de deixar nossa rotininha de lado. Não é estranho?
Eu sempre achei (e disse isso para vários amigos) que vale a pena perder uma noite inteira de sono só para papear com aquela pessoa adorável com quem nos encontramos raramente. Eu posso até deixar uma conversa com minha irmã para amanhã (afinal ela mora comigo), mas com aquela amiga que nunca vem a Bauru nem pensar... Com ela quero falar feito rádio enquanto puder ficar acordada. Mas nem todo mundo reage assim. E eu já me magoei bastante por isso. E, hoje, mais calejada, eu mesma me pego fazendo isso: deixando passar momentos que podem ser únicos... trocando o papo amigo por uma noite de Internet... Calando umas conversas até meio chatas, mas imprescindíveis, com a desculpa de ler uma revista ou um livro...
Sei lá. Nem estou me reconhecendo. Será o tempo? Será finalmente o entendimento do peso das palavras? O medo do comprometimento? Ou o receio de expressar demais aquilo sobre o que posso me arrepender?
Pena. Peninha! Coisa de gente!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

... esse silêncio não é meu. É teu. É você quem me tira a paz e me rouba as palavras. Mas elas estão lá. Todas elas. Residem no silêncio à espera de chão firme.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

No meio do caminho

(nada como uma experiência ruim para me trazer de volta ao Blog... ao menos foi um estímulo)

Sabe aquele dia ruim? Cheio de obstáculos, especialmente interiores? Vivo isso hoje.

Em plena sexta-feira 13 descubro que tirei apenas 6,0 pontos na prova que desejava ter ido bem – e que precisava de um 7,0!. Aliás, nunca na minha vida escolar tirei nota tão baixa. Para ser bem sincera, eu era do tipo irritante que chorava quando tirava 9,0 nas provas! Eu não me contentava. Queria dez!

Mas, não é sempre na vida que temos um dez! Às vezes temos de nos contentar com a mediocridade de um meio. Não é?

Meio legal, meio amigo, meio amante, meio confiável. Meio apaixonado por mim. Meio desligado de mim!

Tenho um trabalho meio estressante, que me possibilita bancar meio mundo, e que é quase dez nas possibilidades de experiência de vida. Mas é quase. E, hoje, então... Nada é dez para mim, viu. Acho que sou eu que estou meio vazia. Ou meio cheia de tudo!

Mas passa. Amanhã o dez vem de alguém 100% amigo. Entregue inteiramente. Sem meias verdades, sem telefonemas no meio da noite. E aí, nessa hora, vou comemorar o dez que faz realmente a diferença na minha vida!

Por enquanto, tentarei terminar o dia 13 pensando no primeiro ano de vida da minha sobrinha que certamente terá muitos dez pela frente. E também alguns 6,0... 7,0... e por que não algum meio ponto para aprender, quem sabe, que valor tem sentido na sua vida.

Ótima semana a todos!